Sempre defendi que o maior obstáculo da vida, não é o perigo. É o tédio. Vivemos tentando nos disvencilhar desse sentimento. Você pode fingir plenitude, no entanto os realistas dos quais você tanto foge, vão jogar ao ar e te mostrar o quanto simula ser inteiro. O mal do século é oriundo desse desprazer.
A beleza profunda que vejo em suas lágrimas é o que me mantém. Vivo um dilema, onde quero continuar enxergando seus olhos e ao mesmo tempo não quero vê-lo maranhado em sua angustia. Pois, dizem que os olhos são o reflexo da alma. E se à temos, devemos mantê-las intactas.
Sei que a humanidade é triste e, infelizmente, é o que à move. Você olha como se me visse, porém não consegue de fato me enxergar, pois os seus gritos internos reduzem o efeito da sua percepção. Se pudesse me perceber, quando olha para dentro de mim, não sei se conseguiria ter próximos momentos felizes. Eu, como protagonista dessa trama, já me acostumei com essa falta de "brilho".
O Deus do tempo com sua entropia, organiza as cordas como uma menina de doze anos ao ajeitar seu quarto. Acaba perdendo o "fio da meada", e nos joga como um nada em vidas das quais não queremos viver. Seguindo a lógica, será que vivo? Incertezas que nos entristessem e nunca se imudessem. Até isso atenua a sua falta, você é o "entretenimento" que cala as vozes acumuladas.
A carência tem sua origem. Quando se é bombadeado com ausência, é lamentável a displicência acometida pela matriz. A minha impetulância vem como forma de vingança, pelos mal tratos fraternos. Até entendo, porém corroe como ferrugem, não os terem por perto. Coincidentemente a obra 'Anjos da Noite' jogou ao heyoan a verdade que o amor philos sofre em sua existência: "Talvez seja a maldição dos pais, errar com seus filhos". E primitivo como sou, busco tapar essa fissura, acoplando você, como um remédio. Para exterminar a dor.
Expresso-lhe o que sinto, faço sem maldade de obter de volta. Sinto porque quero, não quero evitar o meu querer. Te querer é o que me move nesse instante, por isso é tão triste. A reciprocidade que falta é perceptível, você tenta disfarçar, mas não tem como esconder de algo que é verdadeiro. E como não existe meias verdades, você é o oposto. Gosta de estar comigo, porém ainda pensa no próprio umbigo, me deixando a parte nesse labirinto. Incubido de trazer felicidade para um destinatário sem querência.
É notório o adeus sem empatia, a falta de vida que se deposita em mim. Eros fica cada vez mais evidente, atrávez deste desejo sem precedente. A falta é o que o alimenta, por isso me deixo levar por essa tormenta. A chuva lá fora, é o estado em que minha alma se encontra. Por mais negativo que seja, é uma forma de me alimentar, nem que seja o meu lado destrutivo, só assim chegarei a um destino.
Encontrei o meu estimulo, e temo que o perca, te perca. No fundo, sei que é inevitável o término. Pois tudo tem um final, e é necessário que se cumpra o ciclo, para não haver um cataclisma.
E te peço, me sinta. Antes que eu a use para sentir. Infelizmente, o meu tédio só é entretido dessa forma.
Mindflow em Break Me Out quase consegue descrever com suas palavras, simples e objetivas, e talvez lhe faça sentir o que habita em mim. Escute! Mas realmente o faça, não execute outro fazer na companhia dessa canção. Você sabe que meus dizeres são destinados a você, e te deixo com aquela frase clássica: "Carpe diem, quam minimum credula postero", é o que eu resolvi seguir. E é claro, sem esquecer que "memento mori".
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