domingo, 30 de dezembro de 2018

Reveillon 2019

A vida nos prega peças, e como uma criança a brincar com legos, me crio e reinvento nessas. Não por ego, mas quando a vejo, me sinto cego.

30 de dezembro. Essa época do ano fico mais emotivo! Por isso rabisco e me arrisco a proferir palavras, com o Universo, em uníssono. 

Minha pequena, não aquela ou outra desta que prestigiei em uma e outras dessas. No fim, na verdade, tudo é festa! Então 'take it easy' e desestressa.

2018, o ano que tentaram nos concientizar desse desalecerar. Desde a virada do ano só se ouvia escutar, em festas, bares, resenhas e algumas seletas casas: "Tá estressada desestressa... Ouviu?..."

E é por uma dessas que hoje estou sem pressa. E a criança montando peças, hoje é pai daquela. E é por isso que, quando à vejo me sinto cego.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

From Old Rock to Sad Songs

Me diz, o porquê de suas queixas
Me disse não ter queixas
Pergunto, por que então tu me deixas?
Conforto a mim mesmo, dever haver queixas

O amor vicia
O bonito vicia 
O gostoso vicia
Cuidado, à tristeza vicia

Situação complicada, eu e você
mãos atadas, muito na jogada
Fugir? Deixar alguém? Deixar passar?
Voltar atrás? A corda alterou, não dá

Faz um bom tempo, estou estirado
Luto por forças, pranto escancarado 
Não pode ver, não com meu sorriso estampado
Faz um bom tempo, tempo magoado

Sad songs, muitas interpretações
Causas diversas
Coisas controvérsias 
Todas lamúrias, alívio de pressões

Amor
Angústia
Arte
Amantes

Não sair do lugar, não conseguir se expressar
Você até tenta, não consigo passar
Você sofre, eu sofro
Solidão compartilhada, singular para enxergar

Me acertou esse míssil, me consome esse vício 
Old rock, não escondemos os indícios
Era para ser aventura, nossa travessura
Cúmplices de uma loucura, luxúria 

Precisávamos, ansceavamos
Nos damos, nos enxergamos
Te dei, você se doou 
Te mostrei, você se mostrou

O amor vicia
O bonito vicia 
O gostoso vicia
Cuidado, à tristeza vicia

Me disse: não me deixe...
Não era justo, deixei!
Me cutucou, agora tu me deixas
Entendo, o que não impede que me queixe

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Escute criança

Quando era criança, quando comecei a entender o mundo, quando achava conhecer tudo, proferi alguns absurdos. Chás, cafés, viagens, cigarros, cervejas, livros, filmes, estudos, patrimônios, relacionamentos e toda cachaça em vidros caros. Não entendia os mais velhos, tanto para viver e tão pouco porquê ser.



Do prisma de uma criança, muita coisa não faz sentido. É tenso ouvir relatos de sua avó, mãe e pai falando de seus filhos, dizendo que estão perdidos. "Fulano e ciclano só querem saber de beber e fumar, igual loucos..." O que aumenta, cada vez mais, as perguntas na cabeça do pobre menino: "O que é não está perdido, como encontro o quê os demais acharam?".



É um absurdo adultos almejarem ter filhos. Quando "acontece", dado pelas necessidades físicas, já é uma desgraça. Quando planejam, inteligentinhos e "estruturados", catástrofe. Vícios, hábitos e costumes, não importa, só maneiras de se embreagar e suportar outro dia, e mais três doses de qualquer entretenimento no intuito de não perceber à noite. Covardia é achar que trasfere-se o vazio para o novo no mundo. Poder aquisitivo elimina certas noites as claras, o que não diminui são as respostas vagas quando os baixutinhos se dão conta da furada.



Desconsidere a classe social. Qualquer  um irá esconder sua ignorância e se esconder atrás de teorias, seja elas científicas ou místicas (dispenso vertentes), tudo lorota para entreter e você, criança, se perder diante tantas invensões humanas. Outros perdidos, tanto quanto seus mentores e guardiões.



A ideia é escolher qual merda quer abusar e se embreagar enquanto espera a vida passar, desejando fortemente que não haja outro estágio depois que este findar. Ou pode fingir que compreendeu o sentido, se comportar como um cretino e apontar o dedo para os outros envoltos em seus vícios. O primeiro, se todos se aprofundarem no grande vazio de si mesmos, logo chegará ao fim dessa proliferação desenfreada. Segundo, o que tens visto até hoje, é escolher o seu "kit fantasioso" e ter esperança que seus filhos não sejam tão odiosos quanto seus genitores.



Quem dera eu pudera dizer, após minhas morte, o que dissera Brás Cubas de Machadinho: "Não tive filhos, não trasmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria." Não tive a astúcia e lealdade comigo. No fim, me pus como o segundo tolo descrito, um hipócrita esperançoso. Não amaldiço-o meu fruto, esta é apenas um reflexo de minha parte burra, apesar de ser singular em sua ternura. Todavia não bendigo meu feito, mesmo trazendo algo belo e ingênuo, não mereço um só gracejo, mereço a forca ou o esquartejamento.



Há alguns séculos, pessoas eram esquartejadas, queimadas, apedrejadas e enforcardas por traição ou deshonra. Hoje, esquartejam o mundo das ideias, queimam a língua em rezas, apedrejam os desiguais e se enforcam a outras pessoas, se matando porque é o certo a se fazer. Porque assim o fizeram crer.



Abri várias portas. Falei, esperniei e expressei-me cansado e a fé morta. Criança é a origem, e o morimbudo destina-se o ser. O porquê de ser: um mito. Os absurdos? Repito. Quando era criança, quando tinha esperança, não entendia que no mundo viver e querer ser, eis aí, o verdadeiro absurdo.

sábado, 17 de novembro de 2018

O complemento




Como pode alguém perfeito errar tanto em criar algo que só lhe dá decepção? E tendo ainda o poder de mudar tudo, se esconde e somente observa a desgraça de todos. É abominável a ideia que Ele exista, me deixa triste e me afronta querer me fazer crer. Porém, como metanóia, devo ser justo ao verdadeiro Deus, sinônimo de perfeição.

Aflito e "espectoso", me abstive e tentei transparecer serenidade. Parecia estar no controle e ter passado por aquela ocasião um zilhão de vezes, como todos aqueles moços verdes, nos quais me percebi devaneando ao fitar os que à vista estavam. Deve ser honroso estar em seus lugares, pena que a frequência no fazer, a torna menos prazerosa e especial a cada dia. Tanto honroso como responsível, não preciso citar o árduo caminho até galgar finalmente o posto.

Médicos, enfermeiros e técnicos todos envolto de suas funções. Sei que peco em não ditar-lhes as especializações, no entanto é complicado que lembre tantos e mais desrespeitoso seria me atrever a esquecer algum. Fora crucial a Sheila Lara, xará da nossa, esperada e impaciente se tornando paciente, que estevesse presente e de uma voz terna me ajudar a acalmar a mãe, que vi duas ou três vezes caminhar pendente pela linha do equilíbrio. Enfermeira-obstetra, lembrar desta em específico é como andar de bicicleta.

Findou-se o trabalho, limpados e medicados, fomos deportados ao quarto ao lado, e após um dia soube-se a necessidade de mais alguns hospitalizados. Nasceu antes da hora, foi requerido supervisão e cuidados, mais um ou dois dias, por ora. Usei os intervalos para ler e escrever. Achei estar em uma boate, prostíbulo ou recebendo passe em uma casa espírita; A luz azul e a quietude do local, interrompida apenas por choros de RN's, me colocou em devaneios.

Quatro camas, quatro cantos, panos brancos, luz azul e um banheiro. Doze pessoas; quatro sob cuidados, quatro preocupados e quatro dormindo mas sempre supervisionados. Cada qual ali por suas particularidades. Uns problemáticos, outros sempre deitados, alguns levantam (acompanhantes) e nós, no primeiro leito do quarto. 

Havia um livro em meio aos meus, ganhei de um amigo meu. Iria jogar fora, achei um cúmulo naquela hora. Reividiquei aquela obra, capa dura, pura literatura e ainda por cima escrita por um brasuca. Aluísio Azevedo, xará de outro grande amigo meu. O carinho que tenho hoje por este estimado livro, me foi descoberto em um momento crucial, como percebe e aqui relato. Adorei conhecer a Dona Olímpia, Dr. Cesar, Palmira, Leandro e seus relatos. 

Por fim, após notáveis nove meses de descontentamento, apesar de não ter querido ter te tido, adorei que tenha aparecido. Quarenta e seis centímetros, "três e poucos quilos", me fez enxergar que as vezes, somente as vezes, algo desprevenido pode sofre uma alquimia e se tornar algo limpo. Não digo o mesmo do todo, ainda me mordo os lábios de ódio, porém te olho e analiso que, sem tudo isso não teria eu te conhecido.

Aluísio Azevedo, que também pairou sobre o leito de minha pequenina, usou das palavras da velha Olímpia para me apontar certos pontos furtivos, nos quais, não sabia apreciar e que com certeza é importante mencionar e memorá. E não encontro outra palavra mais adequada para expressar a perfeição desses passados dias, que não seja Deus. É a única (mantendo meu desdém pela divindade), que expressa o que sinto, em qual me inspiro e hoje exprimo aqui, minha singela e notável forma de contentamento. Entendi contrariado qual me faltava um complemento.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Deuses e seus prazeres

Dei a ela passe livre enquanto sozinha. Trato-a como rainha, a unica desnuda de seus julgamentos e lamúrias atuais. Vou contar um segredinho para que à entenda, e vê se após retirado esse teu vél de cegueira, não mais se perca em julgamentos pré-conceituosos, contemple sua ignorância, abstenha-se em sua insignificância e não mais a chame de rameira. Afinal das contas, a criei para estar comigo, emprestei-a para que alegre seu mundinho enfadonho, de sonhos.


Ela percebe os olhares maldosos à despindo, em cada esquina que dobra tem mais lobos famintos, nem se quer precisam sentir o cheiro do sexo feminino. Na mira de sujeitos sujos ela queima, como um pecador em frente ao próprio Lucifer após o julgamento. Ocasião diferenciada pela pele vermelha e a quentura em todo o seu ser, desencadeando uma pressão em sua vagina, salientando sua sensualidade, seu lado promíscua.



Umidecida, corpo quente, pensamentos inquietos, uma vontade enorme de se esfregar, queria ao menos tocar o inchaço que causam os olhos esbrugalhados. O "v" entre suas pernas clamam por uma atenção,  de novo se perde na escadaria do prédio, apoiando à porta com o pé, os sentidos aguçados tanto para cima quanto para baixo, já imaginou se alguém à pega nesse "mal hábito"? Quando pensa na possibilidade, fricciona os dedos sob o clitóris, até que a respiração fique entrecortada. Após o êxtase, se recompõe e retorna ao escritório, com o mesmo ar de recatada.



Ocorrência corriqueira mesmo em dias de modes. Lembro daquela vez que o ferro gélido da carteira (aquelas de faculdade) a fez pensar bobagem, estava no vermelho, mas não fora covarde. Convidou um carinha das aulas de enfermagem, surrupiou algumas camisinhas de sua mãe, dentro do estojo de maquiagem e  urrou de prazer quando Erick invadiu suas entranhas, no quartinho onde o zelador deixava os apetrechos da jardinagem.



A chama oriunda de seu sexo a deixa descontrolada, invoca sua querência de ser tocada. Não quer ser amada; Quer ser pegada, penetrada, arrastada, entortada, chupada, arremessada, devastada, invadida, deflorada. Não pensa em outra coisa  a não ser em reencontrar seu macho que tão e somente consegue fazê-la sentir-se devorada.



As cantadinhas baratas, os comentários obscenos, os assobios, os olhares  indiscretos, faz seu sexo arder de desejo, não demonstra no momento, mas se acaba no chuveiro quando lembra desde o porteiro ao arquiteto. Quando na frente do seu homem, insinuosa deixa-o sentir o seu líquido que escorre entre as pernas, força sua cabeça para que à chupe sem pressa.



A necessidade dela vai além de ser desejada. Não quer que estranhos percebam que se assanha, sedenta por "vara". No fundo seria interessante se pudesse transmitir isso vez ou outra;



Sussurra:

"- Há... O pai da Angélica, o irmão da Samantha, o esposo da Renata ou talvez o sogro daquela tatuada da rua 9... Ah, lembrei! Marta, minha boceta pisca quando lembro o que me contara sua empregada..."


Em fim, por vezes, se sente depravada. Onde é que já se viu, uma mulher no apogeu de seus quarenta não controlar sua mente devassa, mesmo após diversos se lambuzarem entre suas pernas arreganhadas/ensopada. Morde o canto da boca quando presencia veias saltadas em homens avulsos na rua, se sente nua, porque não consegue disfarçar a cara de tarada quando pulsa sua vulva. Vai a loucura ao imaginar mãos grandes batendo em sua bunda, tem que arder para que tenha de olhar para trás e pedir: que faça, mas faça com brandura. Em meios a choramingos e mordidas no travesseiro, pede mais força enquanto agarra o lençol entre os dedos.



Em tempos atrás iria ser tratada como a 'Geni do Zepelim Prateado', porém,  ela se destaca por saber fazer tudo na intimidade de um quarto. Sabe quando e onde escolher alguém que a possa preenchê-la, fazê-la sentir-se "trêbeda", sabe bem qual o homem capaz de fazê-la. E mesmo hoje, Era do silício, após inúmeros parceiros carnais, com um único objetivo, sem preocupar-se com compromissos, acorda primeiro e sai de fininho na madrugada, sem deixar números, recados, endereços. Somente homens confusos, estupefatos por ter sido lesados, caídos em seus costumeiros absurdos.



Quando a criei não lembro de tê-la dado doses extras de desejo, ela me surpreende com  tanto ensejo. Criei desde aquela singular criatura que dias e noites (como forma de castigo) açoita  almas de extintas pessoas que não souberam desfrutar-se da dádiva que lhes foram dadas - morreram sem ser arrebatadas pelo tão e formoso ego, o fogo que reprimiram em vida hoje as queimam o entorno. Também feita por mim, está a quarentona que acabo de apresentar seus feitos. Erroneamente pensam que eu a repreenderia, ela está certa de gozar da vida com tanta alegria, luxuria é um presente de quando ela era divina, minha eterna e desejosa Lilith, minha rainha noturna, o que vocês chamam de safada eu chamo de amante. Só fez o que fez porque eu não estava entre vocês, mortais suplicantes.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Você, Eu & Nós


Há fissuras incorrigíveis que não nos atrevemos a questionar. Somente com tais inconformidades você se torna inteiro. Incompleto, imperfeito, com defeito. E é através dessa percepção que consigo contemplar o seu segundo eu, no anseio de um dia poder me deliciar com o terceiro, o verdadeiro.

Se não estiver sob uma iluminação perfeita, não basta ser bonito. A sua retina tem que ser capaz de capturar o reflexo da beleza. Aí sim você, por enquanto, será capaz de admirar a luz e terá que se esforçar para enxergar o verdadeiro dono da beleza.

Tudo que quero, é lhe mostrar que estou como um espelho a te esperar, e ficar feliz quando te mostrar. Na ira dos que passaram te deixarei enxergar, o meu lado que ninguém pode apanhar. Se fossemos perfeitos, nossa beleza não quereria um complemento, um alento, para apartar nosso tesão desse tormento.

Vejo-te como um verme. Rasteijando entre minhas frestas, completando minhas juntas e nessa conjectura almejando a plenitude, um lugar sem ataduras. Quando me encontrar, te preencho com meus segredos, trejeitos, desejos. Um verdadeiro afago a essa esdrúxula descompostura.

Se permitir, irei te inundar. Sei que não sabe nadar, mas irei te impulsionar até que sua alma transpasse a superfície, e juntos emergiremos, e nessa noite escura poderemos observar o eclipse se desfazendo. O ápice de nossa essência o Universo poderá se embebedar, se saciar, nos invejar. 

Porque nossas fissuras se encaixam. Nos encaixam. E como uma enxurrada, nos arrastam. Chocamos um contra o outro, corpo com corpo, e só irei parar quando me mostrar seu pescoço, o outro lado, o que ainda não deixei roxo.

Há fissuras incorrigíveis que não nos atrevemos a questionar. Somente com tais inconformidades me tornarei inteiro. Incompleto, imperfeito, com defeito. E é através dessa percepção que conseguirá contemplar o meu segundo eu, no anseio de um dia poder se deliciar com o terceiro, o verdadeiro.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Take me back

I cautght you staring me, following my pain in this dawn. As the first time, I thought you wasn't dangerous... Damn it! For godsake, I'm bloody ashamed about myself. I was not capable to see the darkness inside your false bright.

Your life was worthless, you made me homeless, take away the bit of peace that I hardly made.Your mind was closed like a little tiny box, you tried trapped me like your wanted little toys. I don't know what I saw beyond your fucking noises. I should've been crazy in my olds.

Brown hair. Lost eyes. little feet. smoth voice. I don't know what I saw, now I'm sure that wasn't you. That shyning girl could not ruin my life like that, It was not even rainning.Your egoism don't let me get my 30s.

If I could I'd come back and forgot to call you a second time... Damn it! Pal, I didn't know you were so patheric. Tell me, what crossed your mind, an once upon a time? 
- Deep inside you knew she would ruin your no wanted life.

Just when I thought my life would make any sense you came with that fuck nosense. You were a liar, made me feel special to fuck with and with me. That song never made more sense, everything I wish is: taking back to the night we met.

domingo, 26 de agosto de 2018

Agora ou Angústia?



Como de praxe, faço desse o meu momento de contradizer meus textos anteriores. Não te espantes, tranquilocalmate, não me converti ao grupo dos amantes de la vida. Não irei começar com toda aquela baboseira de dizer que coloquei os pés nas águas alegres. Na verdade, quase posso afirmar que estou longe disso, talvez, mais distante do que nunca.

Outra vez o impaciente dia empurra à noite ao passado e eu em claro, dedilhando nesse teclado. Não tem como esperar coisa diferente dos domingos. Vocês já sabem do meu bendito histórico com esses nomeados primeiros dias das semanas. Há aqueles em que pode-se passar sem que as paredes lhe surgem por entre as frestas, mas são demasiados raros.

Em singular, a esta maldita hora, mesmo que aos suspiros ainda é noite. Tenho a impressão que Morrissey, assim como eu, só compunha suas lamúrias em noites de domingos. É palpável sua angustia, assim como à sua, sofrentes simpatizantes de meus dizeres.

Adoraria poder dizer que no passa nada ou que la vida no és una putada, se me atrevo, a cadela seria eu. Melhor esteve Johnny Marr e Morrissey recordando ao compor 'Last Night I Dreamt That Somebody Loved Me', ao menos sonhara que fora amado, apesar que o momento ilusório está no passado, o que me faz questionar sua veracidade.

O contraponto vem agora, dada à introdução. Descobri onde está à felicidade! Antes que me trate com um asno suplico que compreenda meu pensar. Ela sempre esteve e sempre estará no mesmo lugar, você que está em constante mudança e só se dá conta quando não está com ela.

Ousarei ignorar os ensinamentos daquele filósofo que além de compartilhar o mesmo nome com Nietzsche, fora influenciado por suas ideias. Terei de fingir crer na existência do passado e de um futuro para lhe contar onde está à tal felicidade. Talvez você não seja fã de filosofia, mas presumo que seja notório a citação à Hegel.

Eu disse que não havia me convertido aos simpatizantes da vida. Esta continua sendo uma vaca (para citar outro animal). Espero ter sido perceptível a ironia quando descartei o que nos faz pensar Hegel. E se não compreendeu onde encontrei a felicidade, dessa vez serei bonzinho e lhe apontarei o passado.

Enquanto escuto I know It's Over - The Smiths, pensando sobre à vida, refletindo sobre a existência de algo além do presente, quase gemendo como na musica, percebi que à felicidade nunca habita o agora. Só à enxergamos quando olhamos para trás e percebemos que "eramos felizes e não sabíamos", até que o futuro dá lugar a um amargo presente. Só assim para deslumbrar o meu ser feliz. No passado, no nada, ou no vazio do futuro.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Mais um adendo

Alguém perguntou por qual motivo escrevo
Não sei ao certo, apenas invento
Não contento com esse mundo perfeito, então crio
Nem criei, já existia, estava largado aqui dentro

Sei que sai em forma de tormento, é o que tenho
Não me culpe, está aqui dentro
Minha cabeça parece estar ao relento
Algo incessante, algumas vezes violento

A invenção é onde o criador se molda
Olha para dentro de si, se renova
Mas fica difícil quando nada lhe transborda
Quando a paixão é ou está morta

Palavras sofrem uma alquimia na mente
Quando lê, pensam que me entendem
Como se eu estivesse transparente
Mas posso cansar nesse teclado, não é evidente

Ter tanto a dizer e não saber por quê
Ter tanto para falar e não é possível se expressar
Ter tanto entalado, faz tempo que estou engasgado
Ter vocês, será que não enxergam o anjo triste do meu lado?

Não importa o que crie, sempre me sinto irado
Nunca tem ninguém do lado
Aquelas pessoas que me amam nunca irão entender o que falo
Me entender, não consigo ser claro, é uma espécie de fardo

Sempre dizem coitados
Infelizmente esperam o ato, um novo texto, a nova cena, um recado
Sempre gritei: "tem um abismo no meu próximo passo!"
Custam entender! Tu não lera os de baixo?

Aí me perguntam o porquê escrevo
Escrevo porque me atrevo
Já falei, berrei, chorei, mostrei
Os textos sempre foram avisos, uma prévia do resultado

Alguém perguntou por qual motivo escrevo
Não sei ao certo, apenas invento
Não contento com esse mundo perfeito, então crio
Nem criei, já existia, estava largado aqui dentro, ensopado do sereno

quarta-feira, 20 de junho de 2018

With her

 She is water in my head
Dripping dirty words in my ears
Stoping all my breath 
while our mouths meet

She was just a little kid
I used to remember our first kiss
Now, she is sucking my lips
I can't say bad words about her skill

She is a wise woman
We belong together
I was beating up by her bullet

She was a funny girl
I always seemed as Amenadiel
That stupid guy from the beginning of that TV show 

She is not mine
I can't own something alive
Just stay by her side 
Could you imagine another luckiest guy? 

She is unfortunately sinking 
I had told her to take care herself with that water 
I was without air
So I decided to make her stop breathing too

Now she is dead
Now I'm dead
We're dead
But still together, we belong together

She is water in my head
I'm sinking 
No breathing
But we're still kissing 

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Countless reason why

A long time ago I started trying to write here using the little English that I got, today I will write down a little bit about what is happening in my life. You have been asking why should you read this short text with a lot of mistakes of grammar, and I am afraid to tell you there is not reason to read. But if you still are there, I have to tell you a second thing, I would like if you read this listening 'Timber a chill mix for 2016', I am doing the same now and it will conect us more than just by my simple words.

Is it good, do not you think? Me too. So, let is start my monolog. If you know me properly maybe we had discussed about have a baby and you know that I never wanted to be a father. Well, it will become true in some months! I failed with myself when I said I would never become a father. Please do not tell me anything about plane's God or another bullshit like that, please just don't okay. You problably are thinking why is it something important to me and I will explain the whole thing then.

Since I was a little kid and can remain I am a weird person. Some peculiar (Anything like Mr. Grey, do not get me wrong. hahaha), I still am someone who did not find a motive to breath every day. How can I bring to this empty world another human who problably will feel the same way? Do you think is it fair with him/her? What may I be able to teach him/her if neither I like to live nor dicovered my place in the world yet. I am terrified with the whole ideia.

Someone ask me by message, why I am not posting anything here anymore. Here is the answer, I am scared, totally terrify if will I be able to be a good dad for this child. I do not even like kids, how would it be possible? Out of sudden, like a swicth in my mind, will I start to like child? I really hope so. I will not forgive myself if something bad happens with this kid. Now I understand when parents says they would kill to protect their children (I don't really need a reason, though). I even do not know the reason why... Could you explain me? 

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Me responda você

Você vai perguntar: onde está o problema dessa vez menino melancólico? Qual foi o motivo que te levou a partir desse mundo? O que acha que tens do outro lado que não temos aqui? Vai, levanta dessa poça de sangue, me explica que porra é essa.

Vou te responder: está impregnada em toda parte, não é possível que não o sinta. Essa droga de regente que insiste em nos jogar de um lado à outro, será que só eu me incomodo com esse sacolejar? Quem isso pensa ser para brincar com as cordas com tanta displicência, um Deus?

E sigo: só de pensar em cometer uma ação que realmente seja minha, já é satisfatório! A perca de controle, essa luta invencível contra a entropia, sem citar os motivos esdrúxulos que dão para o contínuo dessa farsa, me parecem tópicos suficiente para que sirvam de resposta. Hipocrisia é achar que ira acabar de outra forma quando os finais alternativos estão apenas na ficção.

Você ousou uma terceira pergunta, e lhe dou um esboço da resposta: minha esperança é que não tenha nada lá, conto com isso! Seria desastroso uma continuação dessa existência sem sentido, seja em um paraíso, seja no inferno ou qualquer outra coisa que os valha. O que espero encontrar é o nada, envolto no silêncio.

O sangue não é meu, como podes ver não tenho uma só perfuração. Ela hesitou, mas tínhamos um acordo, só tratei de cumprir minha parte. Seria gentil que você me explicasse que porra é essa! Afinal, quem encontra motivos para viver de tempos em tempos, não sou mais eu, nem sequer usem o "é", refiram-se a mim como "foi", o "está" agora precede o pleno.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Absense

Preciso parar de existir! Já analisei e tentei ser adepto a outras alternativas, mas esta é a que tem se tornado cada vez mais evidente. Por incrível que pareça, tirando a dor de cabeça, não sinto aquela dor grotesca. Não sinto, desta vez, aquela dor de quem anseia por morte - característica dor da depressão.

Aquela aflição instalada no peito, não é o incentivo para que eu hoje queira ser nada. Deixar de existir me é satisfatório, pelo simples fato de eu nunca ter querido ser. Ser, ou melhor, existir e ter consciência disso, trás consigo inúmeras obrigações conhecidas por todos.

Gostaria de findar minha existência desde quando zigoto. Deixar de existir agora pode ser danoso para as outras pessoas do meio. Não que eu seja alguém importante, é exatamente pelo contrário. A influência que sua morte pode ter nas pessoas, vai além de sentimentos positivos que se inclinam à você, automaticamente as deixará de face, cada qual, com suas insignificâncias. Existir e dar significado a essa existência é um encargo e obsessão doentia do "partido pró-vida". 

Não quero ser responsável pelo desencadear de um suicídio coletivo, tão pouco transtornos mentais em massa, descontentamento pessoal ou algo do gênero. Seria eu presunçoso em superestimar à atenção que minhas palavras receberiam, sem mencionar o alcance dos meus gritos ao vento. Esqueça essa teoria.

Quero, através deste, descobrir uma forma racional para solucionar meu problema. Me diz aí, como erradicar minha existência deste conto irônico chamado vida, de tal maneira a passar despercebido até para o que fosse onisciente? Após você entender a magnitude do problema, me senti na obrigação de lhe explicar o por quê.

Não seria elegante que eu apresentasse a ti esta equação, sem que você soubesse com qual propósito preciso soluciona-la. Não faz sentido a existência de algo onde o nada ocupa tão bem este espaço. E eis que, novamente, vos digo. Preciso parar de existir, em qualquer espaço-tempo, para que essa ausência (absense) desperte em vocês um anseio em me conhecer. 

sábado, 6 de janeiro de 2018

Como viver melhor

Após uma hora e cinquenta e três minutos de palestra, o filósofo e professor acadêmico Clóvis Barros de Filho, conseguiu me remeter à aquele estado de espírito fascinante. Estou solitário, no silêncio, submerso em pensamentos que quando assim se fazem, me sinto vivo. Solitário, no silêncio, aquém do Universo. Sim, negligencio todo e qualquer ruído, até mesmo os rompantes desenfreados dos meus dedos no teclado.

Já fora escrito diversas vezes, de várias maneiras o que venho pela enésima vez lhe apresentar. Os papeis nunca são iguais, os lápis também não, e tão pouco você. Na minha percepção do agora, me embriago com cada letra redigida aqui. Não as formas das letras, ou a coerência gramatical, idioma, fonte escolhida. Me refiro à sensação sentida ao dedilhar entre frestas, nas quais cada uma tem um significado, e juntas, com a ajuda de uma força externa, lhe oferece a ladainha em forma de texto.

Todos procuram a mesma coisa. Não importa sua raça, etnia, crença, classe social, partido político, todos querem encontrar o sentido. Palavra essa que hoje não prestamos atenção ao seu peso. Sentido. Poderíamos estar falando de direção, significância, sensação ou qualquer outro rumo que esta expressão nos levaria. Porém, hoje, após tanta introdução para lhe apresentar-la, você sabe bem qual sentido procuro. Reformulando, você sabe bem de qual sentido me refiro e que estamos todos a procura.

A vida sempre nos foi um mistério. A nossa existência é até então seguida de interrogação. É notório o desespero humano para encontrar sentido para qual vivemos. Seria canalhice eu dissesse que encontrei a resposta. Como todos ao redor, não faço a mínima ideia para que viemos. Mas posso mostrar-lhe como seguir melhor em direção ao desconhecido tão falado. Se o nascer é a largada, a morte é a linha de chegada.

Citados na palestra diversas vezes, os encarregados a nos possibilitar a pensar em como viver melhor, foram nada menos do que alguns dos grandes pensadores, que em cada determinada época, tentaram apresentar maneiras e motivos para continuarmos a jornada, e porque não, torna-la prazerosa. Ulisses da Odisseia de Homero, Jesus da Bíblia Sagrada, Baruch Spinoza conhecido por sua definição de Deus e  Jean Jacques Rousseau por ser um dos principais filósofos do Iluminismo. 

Ulisses nos ensinou que o sentido da vida estar na excelência de nós mesmos, Jesus contradiz dizendo que viemos para amar e servir aos outros, Spinoza nos trouxe a alegria e por fim Rousseau nos mostra o quão distintos somos dos demais na natureza. A somatória de tudo é um norte para que tenhamos uma vida na qual valha a pena ser vivida. Não é uma listagem e sim uma base para nos desenvolvermos na melhoria de nós mesmos e para com os outros. Tenhamos seus ensinamentos e sabedoria que transcende através da humanidade e assim triunfar, cada um em sua glória.

Não entenda tal palestra, ou vertentes dessa, como uma auto-ajuda. A ajuda que procuras está dentro de ti. Deixe que seus talentos lhe guie nesse percusso, e parafraseando o Clóvis que sua existência seja um desabrochar de si mesmo, e te mostre qual é o seu tesão pela vida. Descubra-se, permita-se, encontre-se e vá onde ninguém jamais foi na sua especificidade. Você pode ser o próximo a encontrar a singularidade.


Link da palestra: <https://www.youtube.com/watch?v=WUw71Uiyaqo> 
Acessado em 01/01/2018.

Escravo / Agiota do séc. XXI

Venha que preciso te alertar sobre o real motivo de estarmos aqui. Vários vieram antes de mim, e é possível que após Ele me dar cabo, terão ...