segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Nunca é o que parece

A incerteza paira sobre min, porém hoje me sinto estranhamente vivo. A razão desconheço de fato, mas algo mudou e gostaria que continuasse assim. Será que é por eu ter me reencontrado lendo um drama jovem-adulto? De fato, adoro esse tipo de história. Quando se trata da fase juvenil no século XXI, com os protagonistas habitantes da América do Norte ou no território Europeu, desperta em min um certo encanto! A cultura me fascina. Mas aquela incerteza ainda esta lá, tento ignorá-la para que eu possa continuar com vibrações elevadas, parece estar funcionando. Tenho medo que esse "estar vivo" consigo, traga aquela insana vontade.

 Só de pensar sinto meus instintos se aguçarem como se uma fera fosse, como se essa fera tomasse conta de min, desejando saciar sua sede. Admito que amo essa sensação, sinto que estou no controle e compreendo melhor o meu ser. O infortúnio é à legislação que trata pessoas da minha especie como bárbaros, como se nunca houvesse tido desejos semelhantes. Entretanto não executam, com receio dos fatores seguintes segundo as suas leis. Hipócritas, não admitem serem animais, mesmo que racional.

Eu praticamente invejo quem tem tanta certeza de algo. As vezes temos "certeza" que fulano é inofensivo, e creditamos confiança. Até nos depararmos com o seu verdadeiro eu, e percebemos que ele é apenas mais um animal sedento por sangue. O sangue quente entre seus dedos e sua pupila dilatada - efeito da excitocina. Como se pode ter certeza em um mundo de seres incertos? Não o culpo por querer sentir que está vivo... Uma sábia e velha senhora, uma vez proferiu os seguintes dizeres que, guardarei e usarei como guia em minha trajetória: "confie naqueles que buscam a verdade, mas duvide daqueles que dizem que a encontraram." Talvez seja por isso que, simplesmente não consigo desapegar desse "agnosticismo" em relação a praticamente tudo na vida e me simpatizo com maestria com à tal filosofia. Pensamento as vezes benéfico, outrora nem tanto. Minha vó tem o dom de causar essa costumeira sensação de vazio na gente. No entanto, quando à indaguei qual seria o sentido da vida, eis que ela me responde que é viver, contrariando o meu modo de pensar. Forma sutil e complexa de se responder. 

Sinto em dizer que desconheço quem vive, conheço apenas sobreviventes desse mundão. Somos obrigados a pensar igual, a ter padrões, a coibir nossos desejos mais íntimos e a contracenar nesse perfeito mundo regido pelo acaso, mero absurdo. Afinal tudo provém dessa origem. Portanto, somos todos forçados a atuar, deixando de lado o viver. Quando escrevo, faço porque quero, faço porque sinto e sinto porque supostamente estou vivo. Você é a razão na qual eu me sinto vivo, mesmo que perambulando pela morte. Porém devo salientar que, para uma pessoa que não vê graça em nada e consegue encontrar um outro alguém que, apenas por existir, dê sentido para a primeira continuar... É algo extraordinário. Ideia um tanto quanto absurdista. Mais absurdo seria se eu à quisesse tanto em meus braços, mas dispensasse a vontade de ter sua vida/sangue em meu poderio. Devido a lei do homem, volto a afirmar: não vivemos, apenas sobrevivemos na falta do que seria necessário para viver.

Imagino o porque da associação involuntária/inconsciente de histórias juvenis com se sentir vivo, ser jovem é estar próximo do 'viver' propriamente dito. Fase de explorar, desejar, apreciar, refutar, imaginar... 'N' verbos com significados relativos ao próprio prazer, quase um Satanismo real. A pior coisa é ser impedido de seus prazeres. Coisa que o Satanista almeja com tango afinco! É complicado falar sobre o real satanismo nos dias de hoje, alias, sempre foi... Exemplo disso é ocultismo demonizado que foi instituído até mesmo contra Jesus -enquanto em terra. Logo o Messias, o tão falado filho do Deus do amor, causando sua crucificação. Maldita sociedade, ainda alimentam o mesmo pragmatismo.

Hoje em dia, percebo que o mundo em que vivemos é apenas um reflexo do mal-humor de Deus. Pessoas perversas, desequilibradas, lunáticas e esquizofrênicas nos rodeiam. Estou expondo meu ponto de vista, talvez eu seja um, ou o esquizofrênico a qual me refiro, porém não há se quer um ser vivo capaz de dizer que estou a beira do precipício. Não há um alguém a altura de dizer que meus desejos/instintos são malefícios diante a sociedade. E seguindo meu impulso, aproveitando o meu bem estar, continuarei meditando maneiras de te esquartejar com aquele cutelo que compramos juntos. Lembro-me do teu sorriso quando me mostro-o pela primeira vez, e quero ver novamente quando estiver arrancando pedaços de você.

Na companhia do meu teclado e um love metal, fantasio sua morte. Porém com consciência que isso não pode sair do mundo astral. Afinal, devo alimentar meu desejo ou não? Se o deixar ir, minha frustração aumentará e ficarei mal por isso, em contrapartida se eu executar, te executar, terei que arcar com as consequências de uma legislação fajuta. Realidade cruel, e o meus direitos decretados na Constituição de 1988? Penso que podemos fazer tudo que queremos, quando estou nessa vibe, só devo me atentar a maneira correta de fazer, para driblar os Direitos Humanos. - Assim pensou o jovem psicopata, tentando reprimir seus desejos. 

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