quarta-feira, 31 de julho de 2024

Entre Escuridão e o Desejo de Um Verdadeiro Lar

Externalizar as ideias é como organizar a casa mental. É um exercício de ordenação que, curiosamente, me leva a um lugar que não posso mais chamar de meu. Agora, a casa é um símbolo distante de algo que olho com um misto de nostalgia macabra e um desejo não satisfeito. Procuro um lar verdadeiro. Minha alma antiga anseia por um espaço de luz onde possa finalmente encontrar seu lugar.


Recentemente, tenho estado reflexivo, pensando na eternidade. Esta sugere que a morte é uma mentira, pois nosso ser transcende essa poeira estelar. Se você me lê há tempos, sabe que a existência é um assunto delicado para mim. Não quero acreditar que seja em vão essa estada aqui, e cada minuto que passa mais me agonizo pela falta de propósito.


O não pertencimento e os porquês da minha rejeição no seio familiar e enquanto homem na sociedade são motivos que me fazem questionar o senso de realidade. Nunca havia me visto à margem da sociedade pelo simples fato de ser negro. Engraçado o potencial preso entre paredes, justo quando brancos acham que ser preto está na moda... Curioso.


Assim como as mariposas, sigo em direção à luz, apenas para descobrir que estou esbaforido de antenas queimadas. O brilho das lâmpadas, que prometia tanto, é o mesmo que me queimou. Minhas asas danificadas são um testemunho da minha busca incessante por algo que me faça sentir realmente em casa. E o pior? Ninguém parece compreender o que realmente está acontecendo aqui.


Vivemos em uma era onde a partilha e a corrente do bem parecem ser apenas slogans vazios, quando, na verdade, podem ser os pequenos gestos que alimentam a nossa busca por sentido e pertencimento. A solidariedade e a empatia têm o poder de transformar não apenas nossas vidas, mas também a de outros, proporcionando a conexão que todos ansiamos. A corrente do bem pode ser o catalisador para uma metamorfose verdadeira, onde cada gesto conta e cada contribuição ajuda a criar um espaço de compreensão e apoio.


Assim, convido você a fazer parte dessa metamorfose. Juntos, podemos transformar o caos em ordem e a busca solitária em um caminho compartilhado. Seja nesta vida ou espiritualmente, sua participação pode ser a luz que guia uma mariposa em sua jornada de reencontro com um lar. Sua ação, por menor que pareça, pode ser a centelha que ajuda a iluminar o caminho para aqueles que ainda procuram seu lugar de pertencimento.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Escravo / Agiota do séc. XXI

Venha que preciso te alertar sobre o real motivo de estarmos aqui. Vários vieram antes de mim, e é possível que após Ele me dar cabo, terão outros rebelados desejosos de se fazer ouvir. A linha ténue entre a imaginação e a realidade se contorcem nessa espiral que chamamos de tempo linear. A sanidade e o lápso temporal me permite flutuar nos dois mundos, e me pergunto se tudo que é sublime de fato é sujo se olharmos a miude!? Veja bem, contemplando o todo, minhas linhas estão longe de derivar do absurdo.

Estar caminhando sobre o muro que divide à idéia do real equivale aos limites de uma mente sem trauma para outrora senil. É visto o mesmo entre o Negro e o Solimões, a grosso modo, a água e o óleo: encontram-se, mas não se unem. Como saber onde termina um e inicia o segundo? E o rio segue seu curso, a brisa verga as folhas, a vida continua e tu ignorando os absurdos. Me diz, porque você continua experimentando sua vida da maneira que lhe influenciam e ditam?

O sistema nos traga no primeiro quarto de hora caso seu soldo acabe. Seu bolso estando furado ou sendo sua alma praticante de uma caridade exacerbada. É subjetivo! O que importa na 'corrida dos ratos' é o verbo ter,  e os detentores de uma cadeira na mesa irão te matar caso você queira ser. "As pessoas querem que você seja quem elas pensam que você é" uma vez que você interrompe o ciclo no qual elas estão inseridas, você não é mais uma mente sã, tudo é fruto da sua imaginação, mera fuga da realidade... Te convido a sair do "real", olhe pra si e enxergue seu ego, ou devo dizer - teu lado mau.

Em atividades outdoor alguns conseguem vislumbrar a sutileza das cores fragmentadas em instantes. Sorte ou azar as retinas capturar com tanta nitidez? Ao passo que contemplo a perfeição em natura, sou obrigado a tomar conhecimento da crosta de poeira que surge em tudo ao passar do tempo. É sabido que não existe bônus sem o ónus, e a perfeição está aquém da humanidade. É preciso mais quantos séculos para que se entenda o quão ingénuos estamos sendo, na busca de construir muralhas com os tijolo que arrancamos das pontes.

Arrogante, presunçoso, oportunista, prepotente, esperançoso e até louco. Adjetivos direcionados a esse velho e pobre negro, por apenas tentar te alertar sobre a cegueira. Poderia ser coeso como Saramago e te apresentar o 'ensaio sobre cegueira'... Besteria minha! Não devo me preocupar, é só o eco de vocês tentando me rotular por não mais conseguir acompanhar meu raciocínio. Destino ou livre-arbitrio? Independente disso lembre-se, seja luz porque tudo provém do absurso.

domingo, 30 de outubro de 2022

Mago Negro

 O preconceito está enraigado nas entranhas da sociedade. A espinha dorsal da violências parte da intolerância! Não tem como falar de "pré-conceitos", certezas e fanatismo sem que nos remetamos às religiões. Como um distinto mago negro ouso-me a me colocar em todos os lugares. Portanto respeito a universalidade de credos, ritos, seitas e convicções.

A Justiça proviniente do rei do trovão, equivale aos meus anseios pessoais. As leis do homem não se aplicam aos filhos do rei, quiça do rei dos reis. Tornam-se mero burburinho fervilhando nas adjacências do meu ser.

De acordo com o estruturalismo, a divindade ou a negação dela, é a mesma coisa! A rainha dos ventos e dos sete céus, também nomeada como Heyhoan por alguns, esquadinha os quatro cantos do multiverso e dos mundos "Inabitados". Epa Heyi Oia!

Embora 'Paganini' me ajude com esse desfecho, foram os pontos de 'Os Tincoãs' que bailaram nos altos falantes, enquanto meus dedos serpenteavam nessas linhas, e a mãe Iansã com seus pontos e giras. As máximas do espiritismo são: "Amai-vos!" e "Instruir-vos!". Te convido a dançar comigo enquanto transendemos o conceito de "conciência" da espécie humana.

terça-feira, 1 de junho de 2021

Três atos

Assim como meu humor constantemente oscila entre a euforia e a melancolia (em suas extremidades) minha mente segue os mesmos passos, porém do futuro ao passado - como um pêndulo, nunca volta com cem por cento de precisão.


Me pergunto se existe um ponto central nesses espectros. Lugar onde esteja em equilíbrio, não mais nas pontas das espirais. Sera?


Tão pouco aprecio um espaço contemplativo. Talvez o maior paradoxo de todos seja ser como a ideia de um Deus (deve ser horrível ser Ele), fora e dentro "oniscientemente", apenas passivo a tudo. E sozinho. 


...


Cá estou, outra vez divagando/intrigado com o conceito de perfeição.

sábado, 6 de março de 2021

Café com leite

O embrulho no estômago, as borboletas que hora o outra me sobem a garganta, a torrente de pensamentos onde no fim de todo labirinto ainda me pego pensando. A pupila delata e a boca salivando como um predador nos arranjos teatrais para capturar sua presa, é que gosto metálico de sangue me é bem quisto.

O café mineiro novamente somado ao leite de SP, e nem estamos mais na era dos coronéis. Dos pés aos olhos e esse sorriso na boca, a voz rouca, as paredes que confidenciam os sussurros e gemidos além de nossas juras febris. Não se iluda com contexto histórico ou político, o tempo não regride e aqui a história é outra, e eu já lhe deixei pistas o suficiente para entender do que se trata.

Eu me acho incrível quando me olha, pois quando faz parece me enxergar além do que eu vejo. Aquele clichê do "me faz querer ser melhor" já quase posso entender. Ela sorri e acalma todos os meus demônios. E na calmaria da superfície que antes secretava a inquietude das profundezas, contemplo meu reflexo risonho, mas não por estética pois disso aí morreu Narciso.

As fissuras nas frestas antes denunciavam a imperfeição, agora começaram a ranger e se apertam invejosos. Os céus, as estrelas exuberantes que ontem dançavam com Bethoveen ao som da 5° sinfonia, hoje me basta ouvir 'Amor e fé' descendo a serra, iluminado por minha lua.

A incerteza ainda existe mas agora tem nome, o tempo inteiro estou faminto. A cada caça, a cada cervo, aprendo que não são punhaladas vãs, isso é só o enredo, pois ainda tenho fome. Incisão cirúrgica e acabou a agonia, uma lâmina e chega o fim do tormento, quando e se necessário me abstenho.

Quando acordado eu sonho em te possuir, quando dormindo sorriso ao sono. Ela fala coisas em meus ouvidos que abafa as outras vozes, até os dizeres mais ardentes me convidando a fantasiar crimes hediondos... Como já dito, só Chopin e ela conseguem acalmar meus demônios.

Estamos nos embreando para uma floresta densa, negra e desconhecida onde só um de nós conhece a trilha. O desejo latente suprido de forma diferente, no meio do nada ninguém me interrompe. Já disse - tenho fome. Então se deite porque você será meu banquete.

A confusão é você quem cria. Se atenha a real intensão dessas linhas! 'Inédita Pamonha' é o bastante para fazer menção ao autor da frase a seguir: "A felicidade é a pretensão ilusória de converter um instante de alegria em eternidade". Hoje me torno hipócrita e retiro as críticas de tais sonhadores dos quais tornei parte.


terça-feira, 25 de agosto de 2020

Tentando Filosofar - Parte 02

 A necessidade de escrever, a inspiração e o interlocutor sempre se confrontam. Reflexões, conclusões e a desconstrução de paradigmas são comuns aos Sapiens Sapiens. Tempo vergonhoso ou talvez preocupante para admitir minha participação e contribuição à espécie. Basta observar o rumo de nossas conquistas e avanços, equiparados aos  desacertos e regressos que experiências a cada ano, daí tentar calcular os numerosos benefícios ou danos para gente enquanto espécie. Há otimistas, em suas linhas positivistas, que encontrarão incontáveis motivos para continuar... Embora reconheça e semeie que devemos adotar meios "já conhecidos" e menos nocivos a natureza e a nós mesmos. No entanto, detestam a ideia de um Cosmos sem humanos e acredita que ainda podemos tomar jeito. Na outra ponta do espectro, pessimistas, onde o caos evidente está sempre em foco. O ser humano é a raiz de todo o mal existente, e suas pouquíssimas boas ações ou estão nas costas de outras horrendas, ou tem enrustido um mal por vir. Avanços e conquistas? Meros frutos do ego - seja "centrismo" ou "ismo". E claro, existe o meio desta balança. Pessoas amenas, medíocres e que não tem cheiro nem cor. Preocupados com trivialidades cotidianas resolvem não perder tempo com as causas maiores, esquecem que deixar de escolher é também um ato de escolha. São pessoas sem graça, só querem levar suas vidinhas medianas. O governo só existe para estas quando interferem no futebol, carnaval e outros eventos tão fugazes quanto, ou quando é cortado (algo inadmissível) alguma esmola governamentais, restringir algum "direito", proibir algo que seja frequentemente utilizado como fuga do real. Daria para listar tantos outros, mas daí cairia na ideia relatada no romance 'Turtles All The Way Down', os porquês e origens nunca tem fins ou um fundo sólido... "O que tem debaixo do elefante? - Uma tartaruga imensa. - E essa tartaruga está em cima de quê? - Em cima do casco de outra tartaruga ainda maior..." Ou seja, tudo não passa de uma epistemologia. Desceu do ônibus agora?! Então, seja bem vindo ao século XXI, Era de narcisos, depressivos, egoístas, influencers, regidos por títulos,  inteligentinhos dentro de suas bolhas sociais, Era do cancelamento e seus discursos: "Cancela! Cancela! Cancela! Mas só do outro lado hein time. Cuidado! Se escondam bem, não os deixe enxergar nosso telhado de vidro." Tempo em que a distribuição de cotas no âmbito social é o discurso de elitistas burgueses para serem cool, ou quando a frase "eu tenho um amigo preto" os transformam em humanos politicamente corretos arrotando e cagando regras. O antropocentrismo ainda é o ápice de nossa crença, só não dá para afirmar que seja algo benéfico, ao menos antes tínhamos as divindades para tirar o peso do nosso preconceito do colo. Podíamos ser mais sinceros, a culpa não era nossa... Os deuses sabiam dos porquês das coisas. O amiguinho (a) gosta de alguém do mesmo sexo? Se identifica e se adorna de acessórios e trejeitos que até então era usado somente pelos sexo biológico oposto? Tem hoje a liberdade de escolher seu gênero? A mulher ganhou notoriedade aqui e superioridade acolá diante a sociedade?  Está ganhando espaço e voz? A mulher negra passou a militar mais para que o holofote também a ilumine? Já se perguntou o porquê dessa luta diária contra as supremacias, tantas outras perguntas? É o curso da história meu amigo (a), estamos na Era da Informação e só não apreende, conscientiza e se desconstrói todos os dias quem não quer. É a história sendo escrita, você pode fazer parte ou existir como um mero número na estatística.  Inacreditável é que a maioria não quer, é preferível se entorpecer com qualquer merda do que despertar sua consciência, em todos sentidos da palavra. Mas se for para existir às custas dos outros, de características alheias, então se abstenha e nos poupe seus pré-conceitos estereotipados. Sempre me senti enfurecido por perceber a matrix em que vivemos. Ter ciência que estamos alienados e condicionados, coisa que nos fazem produzir comportamentos contraditórios à nossa essência, como o simples fato de procurarmos por entretenimento o tempo todo, ou nos entulhar de tarefas. Até então entendia isso como uma forma de fugir de nossa insignificância e do vazio que compartilhamos, e você como meu leitor conseguirá lembrar de várias vezes em que bradei aos quatro cantos (puto) por parecer estar sozinho ou entre poucos que conseguem enxergar e admitir tal fato. Porém hoje, através de um TV show e estudos a uma linha filosófica relacionada, deveras interessante, consegui entender do que de fato escondemos e gostaria de compartilhar e dialogar contigo, se tiver interesse. Estamos sempre nos ocupando, nos posicionando e nos transformando ao longo da vida, mudando de ideias, tentando desconstruir os dogmas e paradigmas que nos foram impressos até nossa fase de entendimento e com um único intuito que é nos distanciarmos do fato que tudo em nosso mundo surge e desaparece, o que inclui também os humanos. Tentamos tirar da cabeça, a todo instante que iremos morrer, assim como nossos entes queridos, além de todo o resto existente hoje, logo não estarão mais aqui. Teríamos de passar toda nossa infância, nosso período de absolvição, junto aos Estoicos ou Nietzsche e seus ensinamentos sobre o 'amor fati' para que fosse algo diferente disso. Digo, para que aprendêssemos a conviver, pois não há conhecimento, religião, filosofia, ideologia no mundo que mudará o fato que estamos fadados a perecer e cair nos esquecimento. E se analisarmos a métrica de nossa existência iremos, a contra gosto, perceber que cada um de nós somos como as estrelas: nascemos e morremos, e por mais intenso que tenha sido esse período, foi breve, um sopro, comparado a escala do tempo. Outra similaridade é que a maioria de nós só teremos nosso brilho contemplado após não mais existirmos, essa que talvez seja a única forma de protelar por mais alguns débeis anos a tua luz.  O que nos leva a conclusão que precisamos ser mais realistas. Procurar enxergar nossa condição diante a realidade e aprender todos os dias a encarar a vida como ela é. Meu conselho é medite e aceite, se aceite, como parte do Universo infinito rumo ao abismo do nada. Pois o destino está logo ali: escuro, gelado e vazio. Faça esse exercício, seja sincero consigo, pode ser que te ajude a conseguir uma conexão com seu presente. Creio que era o que os propagandistas do termo 'Carpe Diem' queriam dizer quando lhe diziam que você só tem o agora, que só isso é o que existe e importa. A contemporaneidade e o valor pop do termo foi distorcido, e aquelas pessoas mornas o tendo destoado adotam para argumentar e explicar o porquê de terem hábitos tão fúteis.  Um jeito indecente de permear sua ignorância, ou covardia por não ser capaz de enfrentar a realidade nua e crua. Digo isso açoitando as minhas próprias costas, recordando de um passado recente. Não tenho vergonha alguma, afinal me contradigo porque sou vasto.

domingo, 9 de agosto de 2020

Deuses Ateus

Uma autobiografia é um olhar através da janela do tempo, que só pode ser contada em um futuro, que se torna presente a cada letra que exprimo. Não usarei mais esse texto para insultá-los. Ao menos não é o meu propósito aqui. É que... é árduo, tu sabes, sou aquele crítico amargo e que adora escrever frases desconexas que com o tino certo tu encontras nexo e me detesta. É nítido que sempre amei a liberdade que encontro em meus textos, quase posso dizer o que quero - se não fosse a hipocrisia universal em que a bolha "humanoide" se permeia.


A idéia é todos os dias construir degraus para que minha filha esteja sempre olhando pra cima no intuito de me alcançar. Ela é uma deusa atéia, assim como eu, pois em algum momento se questionará e é inevitável duvidar de si. Fora após uma epifania como essa que uma deusa grega passou por metamorfoses e só então sentou-se à direita de Zeus no alto Olímpio. Antenas ligadas para compreender essa fala, Atenas não mais fala, ela grita! E você ainda permanece inerte pela vida. 


A consistência é algo que sempre busquei, tenho problema com isso, as pessoas notam: uma hora aqui outra acolá, e no fundo me sentido como se em areia movediça, quanto mais me mexo, mais me afundo e acabo tendo que lamber minhas próprias feridas dentro desse rio sujo. No fundo só encontro mais do mesmo, entulho em cima de entulho, uma confusão sem igual, sempre falta algo. Eu nunca caibo em nenhum lugar.


Uma nova posição no empregos, uma nova graduação, uma nova especialização, séries/filmes, pílulas, drogas, bebidas, comidas, lugares, paixões, amores e etc.. São tudo um monte do mesmo! Estar ocupado 18/24 e fingir que estamos conscientes enquanto nosso tempo, ou melhor, nossa vida se esvai pelas frestas de nossos dedos. E a ratoeira perdeu o significado de medo.


 Como disse em outra conversa, tenho enxergado como o Universo (ou o que seja), tem sempre conspirando ao meu favor. Tem horas que não são eventos compreensíveis, no entanto são esses que de alguma forma desencadeiam momentos que posteriormente me fazem feliz. Sorte/acaso não conseguem definir a magnitude disso. E uma vez visto o zoom out tu podes compreender o quê digo. Exagero? É a definição que tem mais me abrasado, consumido e agradado. Só quero se for exagero. Quero tudo, se acostume! Pois nasci pra ser inteiro.


Uma autobiografia tem o intuito de aproximar o autor do interlocutor, e não vou findar esse texto sem lhe dá esse sabor. Prometi desde o iniciar e não terei pudor... Melhor! Siga-me e compreenderá: as palavras são para a comunicação dos "homens civilizados", no entanto, mesmo com milhares de idiomas, incontáveis alfabetos, inimagináveis letras, ainda sim não tem autonomia para descrever uma sensação. Eis que ainda sim você é mais um que ousa perguntar, quem é você Jean? Que por minha vez respondo no meio da cacofonia aqui dentro: "legião, porque somos muitos".




Entre Escuridão e o Desejo de Um Verdadeiro Lar

Externalizar as ideias é como organizar a casa mental. É um exercício de ordenação que, curiosamente, me leva a um lugar que não posso mais ...